As plantas têm memória
fonte: BBCRecentemente um grupo de botânicos do Instituto de Nebraska realizou uma série de experimentos através dos quais comprovaram que as plantas são capazes de armazenar informação, e remeter-se a ela. Em poucas palavras, que possuem memória ativa.
E esta memória permite-lhes orientar seu desenvolvimento evolutivo, por exemplo, em temporadas de seca as plantas recordam os efeitos que lhes produziram estas circunstâncias de pouca água, e para a seguinte temporada são capazes de implementar certas medidas que as farão menos vulneráveis ao dito meio.
Da mesma forma as plantas também parecem recordar certas mudanças na luz associadas com diferentes estações, que por sua vez estão vinculadas à exposição a patogênicos. Esta “memória” permite-lhes produzir químicos, só quando for o momento indicado, que lhes ajudam a se proteger de algumas pestes.
Os pesquisadores usaram imagens de fluorescência para ver como as plantas respondiam. A luz que brilhou sobre uma folha causou que a planta inteira respondesse. E a resposta, que assumiu a forma de reações químicas induzidas pela luz nas folhas, continuou no escuro – ou seja, a planta se “lembrou” da informação codificada na luz.
O que foi ainda mais peculiar é que a reação das plantas mudou conforme a cor da luz que as atingiu. Os pesquisadores suspeitam que as plantas possam usar a informação codificada em função de estimular reações químicas de proteção, já que o efeito de diferentes cores de luz afetou a imunidade das plantas a doenças.
Quando se brilhava uma luz na planta por uma hora e as infectava com um vírus ou bactérias 24 horas depois, a planta resistia à infecção. Mas quando a planta era infectada antes de brilhar a luz, ela não conseguia construir a resistência.
Ou seja, os cientistas afirmam que a planta tem uma memória específica para a luz que constrói a sua imunidade contra patogenias, e ela pode adaptar essa memória a diferentes condições de luz, afinal cada dia ou semana de uma temporada tem uma “qualidade de luz” característica.
Os pesquisadores dizem que isso pode ser considerado uma forma de
inteligência.
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