--pigméias,
--tuberosas,
--tropicais australianas,
--do complexo petiolaris,
--sul-africanas,
--sul-americanas, e
--as demais.
Praticamente todas as pigméias e as tuberosas são nativas da Austrália, o centro de diversidade de plantas carnívoras do mundo. No sul da África também há grande diversidade neste gênero e bastante específica, bem como na América do Sul. As demais espécies são, na maioria, de clima temperado - encontradas no hemisfério norte.
Estrutura
Geral
São plantas pequenas, radialmente simétricas, com folhas dispostas em roseta.
Acaules ou com caules bulbosos ou alongados, apresentando rizóides ou tubérculos pouco desenvolvidos. Suas flores variam de alva à púrpura, apresentando geralmente 5 pétalas (exceção feita para Drosera pigmae, que apresenta apenas quatro pétalas).
Portadores de estames e estiletes livres, bem como inflorescências escorpióides.
Seu ovário é multiovalado, suas cápsulas deiscentes e seu pólen apresenta-se em tétrades.
Cada folha é formada por pecíolo e lâmina. Na face superior da lâmina estão presentes numerosos tentáculos, cujas pontas são cobertas por uma substância pegajosa, a mucilagem (reluzente quando vista contra o sol). Na maior parte dos casos, as flores são produzidas sobre hastes florais, numa altura bastante superior ao do resto da planta (mas há casos em que as hastes florais são bem curtas ou até mesmo inexistentes).
Grupos
-- Pigméias:
Praticamente todas as pigméias são nativas da Austrália. São plantas anãs, mal ultrapassam 1 cm de diâmetro. Suas flores, de curta duração, são muito belas, de cores variadas, algumas vezes maiores que o resto da própria planta, que crescem no inverno, devido a estação chuvosa em seu habitat.
No verão, quente e seco, apenas as estípulas (um tipo de pêlos, na base dos pecíolos) sobrevivem, protegendo o broto do calor. Suas raízes são muito profundas (até mais de 20 cm), podem obter umidade do solo mesmo no verão. Com a aproximação do outono (e das chuvas), voltam a crescer, produzindo gemas (corpos vegetais a partir dos quais se propagam assexuadamente, medem aproximadamente 1 mm) em grande quantidade.
Com o fim da época de crescimento, elas florescem, e produzem sementes, completando assim o ciclo.
- A dificuldade no cultivo das pigméias está na necessidade da observância de seu ciclo de crescimento: elas necessitam de repouso no verão, quando devem ser protegidas de umidade excessiva. Um método fácil de se propagá-las é via gemas.
-- Tuberosas;
Praticamente todas as tuberosas são nativas da Austrália. Como reserva de alimentos, elas possuem tubérculos subterrâneos. Em alguns casos os tubérculos se encontram a até 1 m de profundidade! Seu ciclo de crescimento é muito similar ao das pigméias: no verão, seco, apenas o tubérculo sobrevive. Com a aproximação do inverno e das chuvas, começa a crescer um caule, em direção à superfície do solo. Então uma roseta é produzida. Nessa fase de roseta a planta acumula suas reservas no tubérculo que seguirá assim até quase o fim da época de crescimento, quando então são produzidos caules aéreos. Esses caules podem ser eretos, trepadeiros, prostrados, etc. - a variedade de formas de crescimento é enorme. Por fim, a planta floresce. Volta a estação seca e somente o tubérculo sobrevive. Eventualmente, novos tubérculos são produzidos, possibilitando a reprodução assexuada.
- Assim como as pigmeas, necessitam de repouso no verão, quando devem ser protegidas de umidade excessiva.
-- Tropicais Australianas:
As espécies australianas tropicais desse grupo são bastante peculiares. Raramente produzem sementes, reproduzindo-se apenas por meios assexuados (às vezes de forma bastante prolífica). Crescem sempre à sombra, em locais bastante úmidos.
-- Complexo petiolaris:
Nativas da Austrália, são bastante peculiares por apresentarem lâmina de tamanho relativamente pequeno, ao passo que os pecíolos são longos e/ou largos.
-- Sul-africanas:
O sul da África também é, a exemplo da Austrália e Brasil, um centro de diversidade para este gênero.
-- Sul-americanas:
Subdivididas nos grupos: complexo cayennensis, complexo chrysolepis, complexo communis, complexo hirtella, complexo montana, complexo villosa, outras - ao norte do Amazonas, ao sul do Amazonas, dispersas e híbridos naturais.A maioria das espécies brasileiras forma flores de cor rosa ou lilás claro a escuro (resultado de diferentes condições ambientais).
-- As demais:
Demais espécies do gênero, que dificilmente podem ser classificadas em grupos de razoável tamanho ou de razoável diferença das demais. Algumas são nativas de regiões de clima temperado, outras são encontradas no sudeste asiático e Austrália inclusive.
Armadilha e Digestão
As folhas modificadas atraem as presas pelo odor do néctar (secretado pelas glândulas presentes nas lâminas). A captura se dá quando as presas tocam nas pontas dos tentáculos: elas ficam grudadas, e, na tentativa de se libertarem, acabam enconstando em mais tentáculos e ficando ainda mais presas. Certas espécies são estimuladas pelo toque, realizando uma demorada movimentação (a folha se dobra, para que ainda mais tentáculos entrem em contato com o corpo da presa). Por fim, a digestão se dá sobre a própria superfície da folha.
Cultivo
O cultivo da maioria das espécies é relativamente simples. Forneça o máximo de luz possível (caso as plantas não estejam recebendo luz suficiente, perderão a coloração avermelhada), sob os vasos coloque pratos com água (e mantenha o nível de água alto, exceto no inverno, quando um pouco de seca é necessário).
Propagação
Propague por sementes, gemas ou folhas.
Pragas
Há casos em que pulgões infestam hastes florais (incluindo botões, flores, frutos em desenvolvimento) de plantas desse gênero. Podem ser retirados mergulhando a planta em água ou por remoção manual simplesmente.
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Fonte:
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