Barata Bioluminescente

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MarcielS
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Barata Bioluminescente

Mensagem por MarcielS »

ScienceDaily

[thumbnail=center]https://s3.amazonaws.com/mongabay-image ... ws.568.jpg[/thumbnail]
Várias reconstruções de Lucihormetica luckae. Images courtesy of Vršanský et al. Imagens cortesia de Vršanský et al.
Embora as novas espécies sejam descobertas a cada dia, Peter Vršanský descobriu uma barata bioluminescente, Lucihormetica luckae. A descoberta é notável por muitas razões, mas não menos importante é que ele já pode estar extinto.

A nova espécie representa o único caso conhecido de mimetismo por bioluminescência em um animal terrestre. Como uma cobra rei batendo sua cauda para copiar o aviso inconfundível de uma cascavel, os padrões bioluminescentes da Lucihormetica luckae são quase idênticos a um besouro venenoso (barata de estalo), com o qual compartilha ou compartilhava o seu habitat.

Mais comum no fundo do mar, onde evoluiu pela primeira vez, a bioluminescência são reações químicas que dão a certos organismos a capacidade de produzir luz.
Outras espécies bioluminescentes utilizam a luz para comunicar, atrair companheiros ou fugir de predadores, bem como iluminar seu ambiente.
De acordo com a pesquisa publicada na revista Naturwissenschaften, Lucihormetica luckae é o primeiro caso conhecido de bioluminescência assimétrica.

O inseto ostenta dois pontos como olhos em sua parte superior das costas e um ponto pequeno apenas do lado direito. Essas lanternas são cobertas por uma superfície reflexiva semelhante a um farol de automóvel, disse Vršanský.
Isso permite que o inseto se esconda por trás de seu próprio brilho.

[thumbnail=center]https://news.sciencemag.org/sciencenow/ ... oaches.jpg[/thumbnail]
A possivelmente extinto Lucihormetica luckae, que estranhamente se assemelha a uma Jawa de Star Wars. Photo courtesy of Vršanský et al. Foto cedida por Vršanský et al.
Quase tão logo esta espécie tornou-se conhecida pela ciência, ela pode ter sido extinta pela erupção do vulcão Tungurahua, onde ele morava. Embora sua descoberta só tenha sido publicado em julho deste ano, as espécimes foram encontradas desde a erupção em 2010.

[thumbnail=center]https://3.bp.blogspot.com/_14Uhd4iRwEU/ ... 2BNord.jpg[/thumbnail]
Vulcão Tungurahua como pode ser visto pelo Google Earth.
... meio parecido com os personagens do "South Park" :roll:


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rdrgobra
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Mensagem por rdrgobra »

Inseto interessante, só é uma pena que o mesmo possa estar extinto. Será que não há esperanças de ainda encontrá-lo?

Abs,

Rodrigo F. Costa


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MarcielS
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Mensagem por MarcielS »

rdrgobra escreveu: ... Será que não há esperanças de ainda encontrá-lo?
A esperança é a última que morre. :)

Bom Rodrigo,

São baratas neh, e sempre ouvi que serão elas as únicas a sobreviver ao fim do mundo. :lol:

Abç

[hr]

E para comprovar a força evolutiva desta praga,
Baratas evoluíram para evitar armadilhas com iscas de açúcar
AFP - Agence France-Presse

WASHINGTON - As baratas comem de tudo, menos o açúcar.

Uma das pragas mais comuns do nosso mundo evoluiu para aprender a detectar e evitar alguns tipos de açúcares, frequentemente utilizados nas iscas das armadinhas, revelou uma pesquisa publicada na edição desta quinta-feira da revista americana Science.

Os cientistas concentraram seu estudo na 'Blatella Germanica' (conhecida como barata-germânica ou francesinha), que vive em todo o mundo em residências, escritórios e edifícios de apartamentos, ou seja, em qualquer lugar onde os seres humanos passam, deixando restos de alimentos para trás.

Um aparente desdém por armadilhas montadas com doces foi inicialmente observado em algumas destas baratas no começo dos anos 1990, de sete a oito anos depois de as armadilhas comerciais com base em glicose terem chegado ao mercado e terem seu uso disseminado, afirmou o cientista Coby Schal, da Universidade Estadual da Carolina do Norte.

"Elas saltam para trás como se tivessem levado um choque elétrico. É um comportamento muito, muito claro. Elas simplesmente se recusam a ingeri-lo", afirmou Schal, professor de entomologia.

Schal disse que esta evolução aconteceu "incrivelmente rápido", mas observou que o desenvolvimento de resistência a antibióticos em bactérias acontece ainda mais rapidamente.

Das 19 populações estudadas, eles descobriram sete que continham baratas com aversão a glicose entre elas.

"É um fenômeno global. Não é restrito aos Estados Unidos", afirmou Schal.

A indústria agroquímica respondeu alterando as iscas para substituir a glicose com outras atrativos.

"Nós não usamos qualquer tipo de armadilha à base de açúcar durante anos", disse Bob Kunst, presidente da Fischer Environmental, empresa de controle de pragas em Louisiana.

Para ilustrar o quanto estas baratas recém-evoluídas são perspicazes para sobreviver e prosperar sem a glicose, Schal e seus colegas filmaram as criaturas enquanto escolhiam entre uma porção de gelatina com base em frutose e outra próxima contendo glicose.

Eles também fizeram um vídeo das baratas evitando totalmente um montículo de geleia contendo glicose e concentrando-se em volta de uma bola de pasta de amendoim.

"Estamos mostrando que as baratas podem aprender incrivelmente bem. Eles podem associar a punição de degustar a glicose com o cheiro da isca", emendou. AFP.

... : joia :


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ivan
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Mensagem por ivan »

Legal Marciel, não conhecia a barata bioluminescente.
Sobre a dieta e a recusa em comerem açúcar,temos que lembrar que são parentes dos cupins, existem espécies que também comem madeira e tem protozoários no intestino que digerem a celulose.

Mas já vi baratas sendo atraídas adivinha pelo o que: cerveja.


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Felipe_Steinthaler
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Mensagem por Felipe_Steinthaler »

MarcielS escreveu:... meio parecido com os personagens do "South Park" :roll:
kkk tem razão, putz mais fácil falar o nome do besouro do que a deste cara: Vršanský :mrgreen:

interessante, uma pena se eles foram extintos realmente, fico imaginando quantos seres já não desapareceram fora de nossa vista e os que aparecem e como aparecem, as novas adaptações e etc, tudo acontecendo tão rápido que mal conseguimos acompanhar.


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