Plantas Carnívoras

[thumbnail]https://www.terra.com.br/istoe-temp/edi ... 122994.jpg[/thumbnail]COPACABANA Amendoeiras enfeitam a orla. Elas vieram da Ásia Central.

Verdes, bonitas e de aparência inofensiva, as plantas também podem ser ecologicamente incorretas - as chamadas "invasoras", por exemplo, representam a segunda maior causa de destruição da biodiversidade do planeta, perdendo apenas para o desmatamento. Só para se ter parâmetro da sua agressividade, segundo os especialistas elas são mais predadoras do que o aquecimento global. Tratam-se de espécies exóticas, trazidas de outros países, que plantadas em um novo habitat passam a destruir a flora e a fauna nativas. Livres de "adversários", elas vão se alastrando até virarem praga.

Mas quem poderia desconfiar de uma jaqueira, de uma amendoeira ou de um bambuzal? Plantas invasoras como essas estão agora chamando a atenção do governo federal e de Secretarias do Meio Ambiente de todo o País. Crescem as constatações de que ameaçam a flora causando, juntamente com alguns animais, um prejuízo anual superior a R$ 100 milhões. Para atacar o problema, o Ministério do Meio Ambiente está elaborando uma estratégia para combatê-las que deve ser colocada em prática no ano que vem.

"Precisamos prevenir a introdução dessas plantas, detectar precocemente a sua presença para erradicá- las a tempo ou controlar o seu crescimento", diz Lidio Coradin, coordenador da Câmara Técnica Permanente de Espécies Exóticas e Invasoras, órgão vinculado ao ministério.
Uma lista preliminar já tachou 542 seres vivos de "exóticos e invasores" no Brasil, e cerca de 100 deles são plantas que incluem, entre outras, a braquiária, a casuarina, a amendoeira, o amarelinho e a maria-sem-vergonha. O Ministério do Meio Ambiente também lançará um livro reunindo dados sobre as espécies invasoras marinhas.

Depois virão outros volumes, mostrando as vilãs dos rios, do meio terrestre, do sistema de produção agrícola e da saúde humana - isso se dá no momento em que diversos Estados também se ocupam do problema, como Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. O Paraná lançou uma estratégia oficial de enfrentamento após inventariar 109 exemplares, 44 deles vegetais.

Entre esses maiores inimigos se encontram o capim anone (um tipo de grama trazida da África do Sul que se alastra pelos campos, domina a terra e prejudica a dentição dos animais) e o pínus (espécie de pinheiro importado da América do Norte). "O capim anone tem de ser exterminado", diz Vitor Hugo Burko, presidente do Instituto Ambiental do Paraná. "No caso do pínus, vamos orientar as pessoas a tomar medidas de controle, como derrubar a árvore quando ela ainda está nascendo."

Quando se comemorou o Dia da Mata Atlântica (27 de maio), a Secretaria de Estado do Ambiente do Rio recebeu de pesquisadores um rol de 226 espécies invasoras da flora local. "Queremos que sirva como critério para barrar a sua entrada e o seu plantio", diz Alba Simon, superintendente de Biodiversidade da secretaria.

Entre as principais ameaças identificadas está a jaqueira - que, ao contrário do que muitos julgam, não é um exemplar original. Trazida da Ásia durante a colonização, foi se proliferando aos poucos e hoje ocupa o lugar de outras espécies nativas nos parques e reservas do Rio, como a Floresta da Tijuca.
Em Ilha Grande, os pesquisadores realizaram um estudo para avaliar o perigo. "Em um único hectare de floresta, encontramos 283 jaqueiras. Não era para se encontrar nenhuma", diz Alba. Com o aumento da população de pés de jaca, roedores como gambás e esquilos passam a se alimentar somente dessa fruta, dispersando as sementes e agravando o problema. Para tentar minimizar a sua expansão, técnicos ligados à secretaria recorreram a uma medida qualificada por alguns como cruel: eliminaram alguns exemplares por anelamento, ou seja, retiraram parte da casca para impedir a condução de seiva para as raízes. Isso faz com que a árvore morra lentamente.

A proposta e o método geraram protestos da população, acostumada que está a conviver com as jaqueiras. "Enfrentamos diversos embates ideológicos porque estamos matando ser vivo. Mas temos o dever legal de proteger a biodiversidade", diz a superintendente de Biodiversidade, que pretende estudar sistemas menos agressivos - por exemplo, evitar que elas brotem. Segundo especialistas, o homem, desavisado do estrago que pode estar fazendo ao ambiente, acaba sendo responsável pela introdução de 70% das espécies invasoras.

Uma forma de disseminação é o uso dessas árvores exóticas no paisagismo urbano - tradição brasileira que começou com a corte portuguesa, foi alterada na década de 1920 por paisagistas como Burle Marx (que preferiam as exóticas tropicais), mas que agora começa a ser revista. No Rio, a amendoeira, vinda da Ásia Central, e a casuarina, importada da Austrália, enfeitam a orla como se fossem naturais dela. Já dão sinais, no entanto, de que estão se espalhando pela encosta.
O arquiteto e paisagista Adílson Roque dos Santos, da Fundação Parques e Jardins, responsável pela arborização da cidade, identificou que 67% das espécies plantadas na zona urbana do Rio vieram de fora. "Hoje estamos usando menos árvores exóticas, mas temos de radicalizar esse processo e plantar apenas espécies nativas", diz ele. Volta e meia, é chamado de xenófobo botânico.

MARIA-SEM-VERGONHA
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Também conhecida como beijo, veio da África para ser usada como ornamento. Propaga-se rapidamente. Domina sobretudo as áreas de sombra e ambientes úmidos, deslocando as plantas nativas e infestando as lavouras

BAMBU
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O tipo mais conhecido dessa planta é o vulgaris, um agressivo invasor. Utilizado na delimitação de propriedades e como quebra-vento natural, ele se espalha e invade o habitat de outras espécies. Existe em todo o País

JAMBEIRA
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Proveniente da Ásia, essa planta invade bosques, alterando completamente o equilíbrio da vegetação nativa. É uma das maiores predadoras da Mata Atlântica

CASUARINA
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Ela ocupa solos de baixa fertilidade, como dunas e praias. Forma um sombreado denso e altera as condições de luz, temperatura e química da terra. A casuarina pode afetar o homem, provocando irritação respiratória e nos olhos

ref:Istoé.com - Maíra Magro

O povo tira as árvores invasores, e põe fábricas e esgotos no lugar. Realemente problema resolvido, agora é só esperar o esgoto fazer fotossíntese.

Eu já sou a favor de não retirarem as benditas das arvores , frutas que não são daqui do Brasil a gente pode ter praticamente de graça e eles não enchergam isso e as plantas também são seres vivos não merecem serem destruídas ...

g_Ribeiro escreveu:O povo tira as árvores invasores, e põe fábricas e esgotos no lugar. Realemente problema resolvido, agora é só esperar o esgoto fazer fotossíntese.

Ou eles fazem isso ou tiram a mata nativa primeiro,depois colocam fabricas e deixam um espaço minimo onde plantam árvores não nativas e tem a cara de pau de dizer que estão 'reflorestando" e sendo ecologicamente corretos
Xenofobia vegetal é o único preconceito que eu aprovo

tem um lugar aqui no Rio chamado parque a lage que é lotado de plantas invasoras,principalmente a jaqueira,maria-sem vergonha,ravenala,banana exótica,jambo e outras da quias não me lembro...E os funcionarios do parque ainda dizem que lá é um pedaço da mata atlântica

kio92 escreveu:Eu já sou a favor de não retirarem as benditas das arvores , frutas que não são daqui do Brasil a gente pode ter praticamente de graça e eles não enchergam isso e as plantas também são seres vivos não merecem serem destruídas ...

Ai ai kio ,u poderia tentar te falar o porque de tanto quererem acabar com as plantas exóticas,mas vou me limitar a dizer que no geral quando uma especie nativa compete com uma especie exótica a especie nativa acaba perdendo por vezes se extingue... como é o caso de uma especie de canguru que foi extinto porque colonizadores introduziram uma especie de coelho na Austrália que acabou com o alimento dos cangurus...No caso das plantas elas competem por iluminação,nutrientes e espaço...
Acredite especies exóticas podem sim serem cultivadas,mas só dentro de casa ou em um lugar em que não posssam invadir o espaço das nativas...
Com os animais a situação é bem pior com animais invasores que podem transmitir doenças ,como o mosquito da dengue e os caramujos africanos
t+++++++++++++++++

A questão principal é a alimentação dos amimais. e sua a favor de retirar e já retirei a. Aqui em Curitiba a principal invasora é a Morus nigra. Mas parece que a jogo ta virando porque as pitangueiras voltaram a ter seu reinado de alimentadoras. E o papel da alimentação dos animais na Mata Atlântica fica por conta das mirtáceas então se você mora nesse bioma e vê aquele pinus na frente da sua casa, se oriente com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente de sua cidade ou para aquelas cidades que não tem a secretaria, corte. A prefeitura nem vai ligar mas não corte as nativas. E plante uma mirtácea e para aqueles que tem espaço plante uma figueira nativa

Bom, se for pra conservar a natureza original eu sou a favor, mas o grande causador desse problema é o Ser Humano! pra que retirar espécies exóticas de seu habitat natural e traze-las para um lugar desconhecido? as consequências são essas,espécies invasoras destruindo e substituindo o habitat natural das originais...realmente mt decadente!

Eu já sou a favor de não retirarem as benditas das arvores , frutas que não são daqui do Brasil a gente pode ter praticamente de graça

Pensamento um pouco egoísta esse heim?!? "Que importa as espécies nativas se eu posso ter frutas de graça..."

e eles não enchergam isso

Acredite, quem está promovendo isso enxerga bastante coisa pois é gente formada na área e não um bando de palpiteiros. São opiniões com embasamento científico.

e as plantas também são seres vivos não merecem serem destruídas

As nativas merecem? Nossos biomas merecem ter sua diversidade destruída?

Falou e disse Graco,eu também estranhei uma coisa;As plantas nativas também não dão frutas de graça ? Pitanga,maracuja,jabuticaba e tantas outras plantas nativas que geram frutas deliciosas não poderiam substituir as exóticas ?
Acho que já que como não querem matar essas plantas porque não podem retirar uma planta invasora como maria sem vergonha e utilizar como ornamentação bem longe do habitat das nossas nativas ?Me lembro do Fernando Rivadavia falando em um tópico mostrando um pântano onde foram introduzidos especies de pcs não nativas mais ou menos isso;"vocês não sabem o bem que fariam se cada um de vocês coletasse essas espcies não nativas e levassem para casa..."
t++++++++++++++++

Esse é um problema sério... Tanto plantas e animais que não são nativos... Acabando com uma biodiversidade que a milhares de anos se desenvolve tranquilamente...

Mas se para pra pensar, o errado nisso, não são as plantas e animais, e sim o próprio homem.. Vejo aqui no viveiro municipal da minha cidade várias plantas não nativas sendo cultivadas e doadas para as pessoas... Que destroem a mata nativa e plantam elas... Sem falar na destruição da nossas matas, acabando com toda a boidiversidade ainda não descoberta... virando carvão e móveis dos gringos... rs

Não podemos ser tão ignorantes de não culparmos nós mesmos.. rs

excelente material Marciels... Valeu..... Abs..

Pessoal,


Pois é, esse negócio de plantas invasoras é cosia séria. Acabar com a jaca vai ser difícil demais, mas outras serão mais fáceis.

Agora eu não vi nada sobre o eucalipto que veio da Australia, é o mato mais anti ecológico que conheço. Não existe um animal que faça ninho ou se alimente dele, o único que se aproveita é a abelha e só para polinizar.
E tem mais o eucalipto seca a terra, cada pé de joga no ar 400l de agua por dia. E aqui em São Paulo tem plantações imensas dele.

O pinus é outra praga, mas eu já vi reportagem que estavam derrubando eles nas matas e cercanias. Esse veio dos EUA.

Paulo