Plantas Carnívoras

Muitas vezes as plantas nos atraem pelo formato e cores não só das flores, mas também das folhas. Um caso incomum é o de certas espécies de plantas que apresentam iridescência. Nessas plantas, dependendo do ângulo em que elas são vistas, outros comprimentos de onda são refletidos além do verde dando assim, em alguns casos, um aspecto de “furta cor”.

Porém, esse efeito não ocorre devido apenas à presença de um pigmento, cujo reflexo caracteriza a cor química (como é sabido no caso da clorofila, que absorve os fótons nas faixas do azul e vermelho e reflete o verde), mas sim devido à alteração estrutural da superfície refletora, produzindo o fenômeno da cor física ou cor estrutural.

Observamos ele em muitos insetos, como besouros e borboletas, também nas escamas de certos peixes e nas penas de muitas aves (como do melro metálico e da maioria dos beija flores e aves do paraíso). Em cada caso existe um componente diferente. Nas escamas dos peixes são cristais de guanina e nas penas das aves são os melanossomas. É a disposição diferencial em nível molecular dessas estruturas que produz o efeito. Da mesma forma, para cada caso o efeito desempenha uma função específica, atuando principalmente na sinalização para reconhecimento entre as espécies, seja durante o acasalamento ou na repressão contra predadores.

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1. Chrysolina fastuosa. 2. Papilio maackii. 3. Apatura iris. 4. Micropanchax macrophthalmus.
5. Aplocheilichthys spilauchen. 6. Lamprotornis chalybaeus. 7. Topaza pella. 8. Ptiloris paradiseus


Mas para que as plantas precisariam disso, além do mais, nas folhas?
Podemos encontrar algumas espécies adaptadas ao cultivo sendo comercializadas, como Microsorum thailandicum e espécies de Selaginella.

Microsorum thailandicum
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Selaginella willdenovii
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Selaginella sp.
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Espécide de samambaia, Diplazium crenatoserratum
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Um estudo da planta Mapania caudata, da Malásia, mostrou que a iridescência é produzida devido à presença de nano partículas de sílica nas células da epiderme das suas folhas:
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A hipótese científica mais plausível é de que a reflexão da luz em determinados comprimentos de onda, geralmente na faixa do azul e ultravioleta, seria uma adaptação que protege a folha contra o excesso de luminosidade. A maioria das espécies que mostram a iridescência ocorre em ambiente sombreado de regiões tropicais e algumas poucas espécies estão adaptadas a ambientes de altitude elevada, onde existe exposição direta ao sol (como as Stegolepis e Elaphoglossum, que crescem nos tepuis da America do Sul).

Stegolepis hitchcockii
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Stegolepis lingulata
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Elaphoglossum wurdackii
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Uma pesquisa recente sobre a planta Pollia condensata, um arbusto africano que cresce sob vegetação densa, mostrou que seus frutos possuem uma epiderme formada por 4 camadas de celulose posicionadas de forma complexa, onde as fibras estão arranjadas em ângulos diferentes e formam pilhas helicoidais que interagem com a luz, filtrando as cores e refletindo comprimentos de ondas diferentes dependendo da espessura das camadas, produzindo assim o efeito iridescente. Camadas mais grossas refletem verde ou vermelho e as mais finas o azul. Com essa capacidade, a planta não gasta energia nem nutrientes produzindo pigmentos para o fruto, que brilha mesmo depois de estarem secos por muitos anos e assim garante a dispersão das sementes através dos pássaros, que podem usá-los como enfeites dos ninhos pra impressionar as fêmeas. Frutos coletados em Gana e levados para Londres permaneceram guardados desde o século 19 sem perder o brilho, uma escala de tempo em que qualquer pigmento convencional estaria degradado. Foi a primeira planta identificada com essa característica nos frutos e é o material biológico mais brilhante já descoberto.

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De minha parte seria maravilhoso ter uma PC iridescente , imagina a raridade da mesma . Não duvido que ela exista , pois a todo momento sabemos da descoberta de novas espécies de carnívoras (principalmente Nepenthes) e, sendo assim, mais cedo ou mais tarde hão de encontrar uma.

Pelo menos essa é minha esperança. Só espero que não seja uma Highland ou Ultra Highland, pois aí seria impossível de tê-la em cultivo .

Abs,

Rodrigo F. Costa

Bom esse negócio de modificar geneticmante uma planta para produzir um espécime único, eu não acho muito legal não , mas isso é opinião minha. Se do cruzamento entre espécies difrentes surgisse uma com esta característica, aí sim seria interessante .

A planta seria mais rara ainda, uma vez que para reproduzi-lá seria necessário a técnica de "cultura de tecidos" para gerar PCs idênticas a planta mãe . Neste caso o valor pago por uma seria astrônomico, uma vez que estaria protegida por direitos de patentes e a reprodução por sementes seria impossível, pois as plantas germinadas das mesmas não herdariam o genótipo da planta iridescente .

Abs,

Rodrigo F. Costa