Num belo dia, estava pensando com meus botões sobre algo para mostrar a vocês. Então, lembrei de alguns dos incríveis lugares que já visitei. Daí nasceu a ideia deste tópico e de provavelmente outros quatro, onde mostrarei um pouco de tudo o que já observei. Estilo como era a sala in Habitat do PCBR (parece que ninguém viaja nesses fóruns, nem mesmo durante as férias).
Como as fotos dos "cartões postais" não estão comigo, provavelmente só poderei coloca-las aqui depois de terça-feira, apesar de que todas as minhas fotos das PCs de lá já estão aqui.

Relaxe e senta que lá vem a história. rs

Partindo de São João, levou algo em torno de uma hora e meia (90 km) até a sede do parque em Teresópolis. Após a entrada, mais três km (de carro, a pé ou por dentro da mata) para chegar a barragem Beia-Flor, de onde partem a trilha para a Pedra do Sino e as trilhas suspensas. Fico devendo fotos da sede. rs
Na entrada da trilha, foram plantadas algumas bromélias. Não sou muito fã delas, mas uma com 1,3 metros de altura e com uma flor de outros 1,5 metros é de cair o queixo.



A caminhada de 12 km até a Pedra do Sino é bem demarcada e levemente inclinada (mas cheia de curvas, tanto que se fosse uma linha reta, seriam mais ou menos 7 km de subida pesada). O caminho é cruzado por vários riachos, alguns tem pontes, outros devem ser saltados e ainda há aqueles que inundam a trilha e a enchem de lama... rs
Esta foto é de um riacho que acompanha a trilha durante uns 200 m.

Pelo percurso é comum encontrar animais. De codornas a gaviões, macacos a sapos que parecem folhas. Alguns até permitem serem fotografados antes de sumir e outros nem se incomodam com a presença das pessoas, só com as câmeras mesmo. rsrs





Sem falar nas belas flores que cercam o caminho.



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Enfim, após o que acredito serem os três primeiros km da caminhada, surge a Cachoeira véu da Noiva e com ela as primeiras PCs (Utricularia geminiloba), uma pena não as haver encontrado em flor. Acho que é devido a sorte (ou azar) que eu tive de ir a um dos lugares do Rio que mais chove durante um dos verões mais secos da história.





Um quilometro e meio depois aparecem as primeiras folhas de Utricularia cornigera.


Mais alguns km e surge a segunda parada, a Cachoeira do Papel:

Quando se avista a cidade de Teresópolis significa que ainda faltam uns seis km. rs

E como plano de fundo tem-se o Parque Estadual dos Três Picos.

Na altura do km 10 a trilha alcança um brejo, onde as PCs aparecem em maior quantidade e diversidade. Nesse trecho predomina a vegetação ombrófila montana. Também é o trecho onde o percurso é alagado, possibilitando localizar várias Utricularias no caminho.
Por lá encontrei (corrijam os erros): U. nephrophylla, D. latifolia (Qual morfotipo?) e U. pubescens, a qual fiz a gafe de só fotografar a metade de uma flor.















Finalmente, aos 11 km, aparece o Abrigo 4, que de tão bem equipado, está mais para pousada. Tem até chuveiro quente rs.
Por lá há um mapa que mostra as trilhas do parque. Venho andando desde aquele pontinho escrito sede Teresópolis. Se fosse uma linha reta já dava para chegar em Guapi.


Passado o Abrigo 4, o percurso enche-se de flores e surge a paisagem estonteante da Serra do Mar.
O único lamento do viajante que ali chega é ter de ir.

























O marco colocado na Pedra do Sino (foto anterior) marca o ponto culminante da Serra dos Órgãos e quase o ponto mais alto da Serra do Mar (atras dos Três Picos).
Durante as manhãs do verão e o inverno é possível avistar toda a cidade do Rio de Janeiro. Próximo ao meio dia nos meses de outubro a março, como é comum em toda a Serra do Mar, os pontos culminantes ficam cobertos pelas nuvens.
Por isso recomendo a todos que decidirem subir para, ou fazerem no inverno a caminhada bate e volta ou acampar no abrigo quatro e levantar cedo para ver o Sol nascer. Isso irá eliminar o desapontamento de chegar ao topo e encontrar um céu nublado que impede a apreciação da vista, como relativamente aconteceu comigo (não pude observar a "tubaria do órgão", mas pelo menos o outro lado não estava nublado).
Na descida retornando ao Abrigo 4 existem numerosos "atalhos" ao longo da trilha. Num desses, se encontram diversas D. latifolia (morfotipo tipo?). Parece até um tapete vermelho. rs





Na volta encontrei esta Utric. escondida no meio das folhas à beira da trilha. Suponho que seja a digníssima Utricularia cornigera, mas estranhei que suas folhas e flores não são tão grandes quanto as descritas aqui, possuindo, aproximadamente, a metade do tamanho.


E só

Espero que tenham gostado.
Tchal!
Ps.: Esse tópico é um toque aos nossos amigos fluminenses do fórum. Cadê as fotos no habitat?? rsrsrs
Feliz Pascoa!