Cerca de 2,6 bilhões de pessoas no mundo não tem um vaso sanitário em casa.
Só no Brasil, são aproximadamente 13 milhões de pessoas nessa condição.
Só no Brasil, são aproximadamente 13 milhões de pessoas nessa condição.
Para tentar reverter este quadro e criar saídas baratas e eficientes de banheiros para a população mais pobre ao redor do globo, o fundador da Microsoft, Bill Gates, iniciou uma busca por um vaso sanitário mais desenvolvido.
O projeto “Reinvenção da Privada” (Reinvent the Toilet) começou no ano passado, quando a Fundação Bill e Melinda Gates anunciou que forneceria oito bolsas de R$800 mil para pesquisadores que desenvolvessem novas tecnologias para o processamento de dejetos humanos sem qualquer ligação com linhas de água, energia ou esgoto. Afinal, em muitos países remotos e regiões carentes em que as pessoas não têm redes de esgoto, o acesso à água e energia também é dificultado.
O vídeo da Fundação, apresentado na época, mostrou que o problema pode até não ser muito glamouroso, mas é realmente sério:
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Na última terça-feira (14), aconteceu a “Feira da Reinvenção da Privada” (Reinvent the Toilet Fair), em Seattle, nos Estados Unidos. O evento reuniu pesquisadores e investidores de 29 países, e foram concedidos prêmios às melhores inovações na área.
O primeiro lugar foi para o Instituto de Tecnologia da Califórnia (EUA), que desenvolveu um vaso sanitário movido à energia solar, capaz de gerar hidrogênio e eletricidade com o cozimento dos dejetos. Só faltava rodar Windows!
Eles receberam cerca de R$200 mil como um impulso para novas pesquisas. Ao todo, foram distribuídos quase R$7 milhões em pesquisas no evento.
A segunda colocação ficou com a Universidade de Loughborough, da Grã-Bretanha, que apresentou uma privada capaz de converter os efluentes descartados com as fezes em água limpa, carvão biológico e mineral. A Universidade de Toronto, do Canadá, ficou com o bronze. Eles apresentaram um sanitário que desinfeta os dejetos e recupera os minerais.
A Fundação premiou as equipes, mas os grupos de pesquisas ganhadoras irão iniciar uma nova rodada de desenvolvimento de tecnologias sanitárias.
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ScienceDaily
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Cientistas de Singapura inventaram um vaso sanitário que transforma as fezes em eletricidade e fertilizante, e ainda economiza cerca de 90% de água.
Para conseguir esse feito, o sistema usa um tipo de descarga a vácuo, parecido com o dos aviões. Os resíduos sólidos são separados dos líquidos, e apenas um litro d’água é necessário para o primeiro tipo, e 200 ml para o segundo. Para você comparar, as descargas atuais usam uma média de quatro a seis litros, independe do que você deixou ali.Por enquanto o produto está em fase de testes, mas talvez daqui uns três anos você já vai poder sentar em um desses. O foco principal dos cientistas não é a economia de água, mas a proposta de usar os resíduos e alguns resíduos químicos em busca da produção de energia e fertilizantes.
Para conseguir a produção de fertilizantes, a separação do líquido e do sólido permite que componentes como nitrogênios, fósforo e potássio sejam aproveitados. Já no caso energético, os restos sólidos serão colocados em um biorreator, que irá produzir gás metano. Esse pode ser usado em fogões comuns e ser convertido em eletricidade.
O que acharam destas invenções?

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