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Bom, lá vai uma pergunta que me deixa inquieta mas eu gostaria muito de ouvir opiniões. No final do mês vou fazer uma caminhada lá no Caraça (Serra do Espinhaço - MG) de apenas um dia . Pelo que eu dei uma olhada se der sorte vou encontrar algumas espécies de droseras e utricularias e com certeza vou tirar muitas fotos . Porém ... se eu ver um matagal de plantas carnívoras será que posso coletar um exemplar miudinho? Vocês fariam isso ou acham meio antiético com o meio ambiente ou com o parque?
O outro porém é que tem uma norma que proibe a coleta de qualquer coisa do parque e sim é um Patrimônio Natural protegido por lei
E aproveitando, vou encontrar algumas sementes nessa época?
OBS: como a pergunta é meio polêmica não quero que me julguem como uma pessoa má destruidora da natureza, ok? . É dúvida mesmo, porque sempre vemos aqueles pesquisadores coletando aqueles exemplares enormes e não quero fazer algo que eu me arrependa depois...
Editado pela última vez por Elise em 17 Ago 2015, 14:02, em um total de 2 vezes.
" O fracasso de hoje se transforma no triunfo de amanhã" ( Nodame Cantabile)
Elise,
achei ótimo antes de qq atitude você solicitar as opiniões.
como disse o amigo Smart, é área protegida. não entendo de leis, mas seria contra a lei das áreas protegidas, contra a natureza e a ecologia.
Minha opinião, somente fotos das maravilhas q espero você encontrar, ficará ótimo.
Há seguramente um prazer em ser louco que só os loucos entendem.
Há 12 tipos de áreas de preservação previstos na legislação (conforme quadro abaixo): cinco tipos de preservação integral, que não podem sofrer nenhum tipo de exploração econômica, e sete de uso sustentável, que comportam exploração econômica, desde que de forma planejada e que preserve os recursos naturais.
As áreas de preservação federais somam 70 milhões de hectares, perto de 9% do território brasileiro, enquanto os estados possuem reservas com mais de 4% da área do país.
O simples ato de decretar reservas, porém, não tem sido capaz de evitar o desmatamento nem a exploração ilegal de recursos, pois não há uma estrutura de fiscalização e gestão capaz de administrar e preservar as áreas públicas. Existem fortes evidências, conseguidas por meio de satélites, do crescimento da devastação em unidades de conservação na Amazônia, por exemplo.
Unidades de preservação
Veja, a seguir, os tipos de áreas de preservação ambiental previstos em lei no Brasil:
PROTEÇÃO INTEGRAL
Tipo Objetivo Acesso e uso Posse e domínio
Estação ecológica Preservar a natureza Só para pesquisa e educação ambiental. Posse e domínio públicos, sem área privada em seus limites.
Reserva biológica Proteger integralmente a área, salvo medidas de recuperação e manejo. Só para pesquisas e educação ambiental. Posse e domínio públicos.
Parque nacional Preservar ecossistemas naturais de grande relevância ambiental e beleza cênica. Para pesquisas, educação e lazer; aberto ao público. Posse e domínio públicos.
Monumento natural Preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica. Condicionado ao plano de manejo e regulamento da área. Pode ser constituído por áreas particulares ou públicas.
Refúgio de vida silvestre Proteger ambientes naturais fundamentais para a existência ou a reprodução de espécies da flora e fauna. Acesso condicionado à autorização. Pode ser constituído por áreas particulares ou públicas.
DE USO SUSTENTÁVEL
Tipo Objetivo Acesso e uso Posse e domínio
Área de proteção
ambiental Proteger a diversidade biológica, disciplinar a ocupação e assegurar a sustentabilidade no uso dos recursos naturais. Geralmente em áreas extensas e com ocupação humana. Ocupação e exploração controladas. Constituída por terras publicas ou privadas.
Área de relevante
proteção ambiental Manter os ecossistemas naturais de importância local e regular seu uso, visando à conservação da natureza. Acesso e uso controlados pelos decretos de criação de cada unidade. Constituída por terras públicas ou privadas.
Floresta nacional Promover o uso sustentável dos recursos florestais e a pesquisa, com ênfase na exploração sustentável de florestas nativas Atividades de pesquisa, educação, recreação e turismo. Posse e domínio públicos.
Reserva extrativista Proteger os meios de vida das populações nativas e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais em área com populações extrativistas Acesso e uso controlados pelos decretos de criação de cada unidade. Domínio público com uso concedido às populações extrativistas.
Reserva de fauna Proteger o habitat de populações animais de espécie nativa, adequada para estudos técnico-científicos. Visitação permitida com caça proibida. Posse e domínio públicos.
Reserva de
desenvolvimento
sustentável Preservar áreas com populações tradicionais, que vivam de sistemas sustentáveis de exploração dos recursos naturais. Permitido. Posse e domínio públicos.
Reservas particulares de patrimônio natural Preservar espaços de importância ambiental ou paisagística. Atividades de pesquisa, ecoturismo, recreação e educação. Área privada
lei responsavel: LEI No 9.985, DE 18 DE JULHO DE 2000.
tipos de reservas:
I - Estação Ecológica;
II - Reserva Biológica;
III - Parque Nacional;
IV - Monumento Natural;
V - Refúgio de Vida Silvestre.
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Campanha - Seja 1 Doador
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Não vejo com bons olhos a retirada de PCs do seu habitat por leigos. Na maioria das vezes as plantas coletadas acabam morrendo alguns dias/meses depois sem que se consiga propagá-las adequadamente, fora quando não corremos o risco de introduzir um patógeno (erva daninha, fito-vírus, fungo, inseto etc) em nosso cultivo.
E tem mais, ainda podemos incorrer em crime ambiental e como o fórum é acessado por várias pessoas não seria de bom tom que o mesmo endossasse tais práticas.
Ai você (Elise) diz; Poxa Rodrigo, mas tem tanta PC nesse Brasilzão e uma a menos não irá fazer a menor falta, fora que ninguém estará vendo. Aí eu respondo; se formos por este principio em pouco tempo não haverá mais carnívoras na natureza.
Obs.: As Drosera da Serra do Caraça são as mais tinhosas de se manter, de forma que é perda de tempo tentar cultivá-las adultas. Uma forma de não impactar tanto o meio ambiente aonde elas estão inseridas é a coleta de sementes, porém mesmo assim seja comedida pegando poucas cápsulas. As plantas obtidas a partir de germinação costumam ser mais adaptadas as condições de nosso hobby.
Fica a dica
Abs,
Rodrigo F. Costa
"Acho que a televisão é muito educativa. Todas as vezes que alguém liga o aparelho, vou para a outra sala e leio um livro."
E no caso de coletar algumas sementes das PC's tbm seria errado ou não aconselhado ? caso ela ja esteja num ponto propicio.
E a retirada da planta eu tbm não acharia muito legal
Abç
rdrgobra escreveu:Uma forma de não impactar tanto o meio ambiente aonde elas estão inseridas é a coleta de sementes, porém mesmo assim seja comedida pegando poucas cápsulas.
Pra bom entendedor...
Abs,
Rodrigo F. Costa
"Acho que a televisão é muito educativa. Todas as vezes que alguém liga o aparelho, vou para a outra sala e leio um livro."
Somente irei adquirir plantas provenientes do cultivo em cativeiro. Agora fotos maravilhosas podem esperar ( se não achar nenhuma PC pelo menos coloco uma do Caraça mesmo). Esta atitude de retira-las do seu habitat natural realmente não é legal mesmo, além de ficar com o peso na consciência devido ao incumprimento de alguma lei, aquela espécime que eu retirei da natureza deixará de gerar diversas plantas, ou seja, aumentando o risco de extinção da espécie naquela área. Também há o fato citado pelo Rodrigo, de que iniciantes no cultivo provavelmente deixariam o exemplar morrer.
Propagarei essa ideia
" O fracasso de hoje se transforma no triunfo de amanhã" ( Nodame Cantabile)
Retire apenas se já tiver um ambiente para aclimatá-las depois. JAMAIS retire plantas vivas (pelo menos não de Drosera), só sementes. Elas tendem a morrer muito fácil e rápido A Serra do Caraça é patrimônio privado da biosfera (RNPP). A retirada é legal apenas por meio da autorização do proprietário (no caso, pelo santuário) Se já tiver pronto um vaso com umidade ambiente adequada e condições favoráveis ao cultivo de algumas espécies, vale a pena a retirada de sementes (maior variabilidade genética e maiores as chances de sucesso) para introdução em cultivo.
A Utricularia reniformis do Caraça é bem rara no cultivo. A retirada de um pedaço de estolão (contendo uma ou duas folhas) não afetará a população (ainda mais se estiver crescendo em Sphagnum), mas se permanecer em condições inapropriadas, acaba secando em poucas horas.