
Paulo Gonella.
Ocorrência: Endêmica do Brasil
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Caryophyllales
Família: Droseraceae
Gênero: Drosera
Espécie: Drosera latifolia St.Hil.
variações - Morfotipo típico, da Serra do Mar, de Salesópolis, da Serra do Espinhaço, do Pico do Itambé, e da Serra do Caparaó. Uma população que não consta oficialmente entre esses morfotipos cresce nos arredores de Teresópolis-RJ e poderia receber maior atenção.
Morfotipos
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Pertencente ao "Complexo Drosera villosa" que compreende seis espécies (D. ascendens, D. chimaera, D. graomogolensis, D. riparia, D. latifolia e D. villosa), ela já foi chamada Drosera villosa, depois Drosera ascendens e, finalmente recebeu seu nome Drosera latifolia (Drosera villosa var. latifolia - Eichler, 1872) pois os nomes anteriores eram de outras duas espécies brasileiras, também fascinantes, descobertas pelo francês Auguste de Saint-Hilaire no início do Século IX (1826) e redescobertas recentemente em estudos de campo e em herbários por Gonella e cols. (1).
É a espécie do "Complexo Drosera villosa" que ocupa maior área de ocorrência, vegetando nos topos de montanhas e campos rupestres e campos de altitude, as margens de pequenos riachos e bordas de trilhas são os preferidos por essa espécie que se distribui nas regiões Centro-Oeste e Sul do Brasil, com registros nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No habitat onde vivem também ocorrem outras espécies de plantas carnívoras (D. spiralis, D. viridis, D. montana, D. communis, D. grantsaui, , D. tentaculata, D. tomentosa var. glabrata, D. tomentosa var. tomentosa, Genliseas e Utricularias).
Ficha de cultivo:
Clima: Essa espécie tem ampla distribuição ao longo do país, vivendo entre extremos de 40 graus Celsius e períodos bem secos em Diamantina-MG e temperatura muito baixa em lugares como Campos do Jordão-SP (-8 graus Celsius) e Garuva-SC (-6 graus Celsius). Tenho mantido em uma casa de plantas onde a temperatura varia entre 16 a -4 graus Celsius no inverno e 35 a 10 graus Celsius no verão. O local é uma borda da Serra do Mar em Santa Catarina, a 830m de altitude. A umidade do ar varia entre 70 e 80%, aproximadamente.
Vasos: Utilizo vasos plásticos quadrados com cerca de 7,5 cm de altura e cerca de 4 cm de largura, aumento os furos para melhorar a drenagem. Uma a quatro plantas por vaso.
Substrato: Cultivei essas plantas com diferentes componentes no substrato, mostrou-se melhor o substrato composto por Sphagnum a 40%, Perlita a 30%, Areia de Quartzo a 20% e Argila Espandida a 10% (4:3:2:1), é leve, decompõe devagar e dá espaço suficiente às raízes sem empapar.
Hidratação: Mantidas em bandejas com água a cerca de 1/3 da altura do substrato. A água é coletada da chuva, com KH zero e pH 6.3 (água mole e ácida). Ficam protegidas da chuva para que o substrato não seja revolvido.
Iluminação: Apreciam luminosidade direta ao longo de oito a dez horas por dia, com movimentação de ar. Também são cultivadas em terrários com uso de lâmpadas fluorecentes ou LED.
Propagação: Por sementes, com plantio em sphagnum úmido. Também pode ser feito o leaf cutting.
Alimentação: Ela obtêm nutrição do substrato, via fotossíntese e das eventuais presas que capture. Pode ser alimentada com fragmentos de blood worms, ração para peixes carnívoros ou pequenos insetos, mas isso não é necessário.
Nível de dificuldade no cultivo: Depende das condições de cultivo, sob condições ideais pode ser considerado nível médio, contudo considero que as plantas tipo, com folhas largas, verdes e com logos tricomas são muito difíceis de manter.
Identificação:
https://www.researchgate.net/figure/A-a ... _280626681
https://www.researchgate.net/figure/Dro ... _280626681
https://www.researchgate.net/figure/Dro ... _280626681
Conhecimento revisado:
1 - Gonella, P.; Rivadavia, F.; Sano, P. T. e Fleischmann, A. Exhuming Saint-Hilaire: revision of the Drosera villosa complex (Droseraceae) supports 200 year-old neglected species concepts. Magnolia Press: Phytotaxa 156 (1): 1-40 (2014).
2 - http://www.ladin.usp.br/carnivoras/Port ... osera.html
3 - Gonella, P. Sistemática de Drosera sect. Drosera s.s. (Droseraceae). 159 pg. Tese (Doutorado) – Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo. Departamento de Botânica.
4 - http://www.plantascarnivorasbr.com/foru ... 29&t=83255
5 - Carlos Rohrbacher
Fontes:
http://www.plantascarnivorasbr.com/foru ... 29&t=83263
viewtopic.php?f=57&t=4564