Nepenthes - Líquido dos Ascidios
-
- Membro ativo (5)
- Mensagens: 1153
- Registrado em: 13 Jan 2011, 23:27
- Localização: sao paulo,rio claro
- Agradeceu: 7 vezes
- Agradecimentos: 18 vezes
- Contato:
Por que nao usar uma N.alata?Eh facil de manejar,resistente e comum nos cultivos....
Prefiro carregar o peso de uma mochila nas costas do que o da consciência de não ter conhecido o mundo
[url=http://www.carnivoras.com.br/arquimedes-growlist-atualizacao-30-10-12-t2057.html]Minha Growlist[/url]
[url=http://www.carnivoras.com.br/arquimedes-growlist-atualizacao-30-10-12-t2057.html]Minha Growlist[/url]
- MarcielS
- Membro ativo (5)
- Mensagens: 8608
- Registrado em: 09 Jun 2010, 16:31
- Localização: São Paulo - São Paulo
- Agradeceu: 1148 vezes
- Agradecimentos: 1471 vezes
Meu cultivo é quase que totalmente indoor.
99% das minhas Nepenthes são cultivadas dentro de casa, longe do humor do clima (chuvas, ventos, etc).
Reafirmo que, durante todos esses anos, nunca ví ascidio algum repor o líquido.
Creio que este líquido tenha como caracteristica um coeficiente de evaporação 'menor' do que a agua, suficiente para que dure o tempo que o jarro for útil a planta. Aparentemente a densidade também difere a da agua.
...
99% das minhas Nepenthes são cultivadas dentro de casa, longe do humor do clima (chuvas, ventos, etc).
Reafirmo que, durante todos esses anos, nunca ví ascidio algum repor o líquido.
Creio que este líquido tenha como caracteristica um coeficiente de evaporação 'menor' do que a agua, suficiente para que dure o tempo que o jarro for útil a planta. Aparentemente a densidade também difere a da agua.

...
-
- Membro ativo (1)
- Mensagens: 33
- Registrado em: 18 Jun 2012, 17:30
- Localização: Taquara/RS
- Agradecimentos: 4 vezes
- Contato:
Algum botânico com laboratório a disposição deveria recolher e estudar o liquido para ter mais dados sobre o mesmo (densidade, precipitação, etc) e assim enriquecer nossa pesquisa
[ ]'s
Arthur Petry
Arthur Petry
-
- Membro ativo (5)
- Mensagens: 1153
- Registrado em: 13 Jan 2011, 23:27
- Localização: sao paulo,rio claro
- Agradeceu: 7 vezes
- Agradecimentos: 18 vezes
- Contato:
Bem,um cultivador que se nao me engano estudou afundo o liquido digestivo das nepenthes eh o cultivador Mauricio(orquidario MV)
acho que a maioria dos nepentheiros conhece ele rs
Sera que vale dar uma perguntada por email,a respeito disso?
acho que a maioria dos nepentheiros conhece ele rs
Sera que vale dar uma perguntada por email,a respeito disso?
Prefiro carregar o peso de uma mochila nas costas do que o da consciência de não ter conhecido o mundo
[url=http://www.carnivoras.com.br/arquimedes-growlist-atualizacao-30-10-12-t2057.html]Minha Growlist[/url]
[url=http://www.carnivoras.com.br/arquimedes-growlist-atualizacao-30-10-12-t2057.html]Minha Growlist[/url]
- MarcielS
- Membro ativo (5)
- Mensagens: 8608
- Registrado em: 09 Jun 2010, 16:31
- Localização: São Paulo - São Paulo
- Agradeceu: 1148 vezes
- Agradecimentos: 1471 vezes
É válido sim, com certeza. Todo conhecimento é bem vindo.arquimedes escreveu:...Sera que vale dar uma perguntada por email,a respeito disso?

- rdrgobra
- Membro ativo (5)
- Mensagens: 7795
- Registrado em: 27 Mar 2012, 19:51
- Localização: Mogi das Cruzes - SP
- Agradeceu: 922 vezes
- Agradecimentos: 1146 vezes
Olá amigos, pedi ajuda no CPUK para solucionar este mistério e alguns fotistas de lá me deram informações interessantes. Ambos afirmaram que a planta repõe sim o líquido derramado, mas apenas e, apenas se as condições de umidade forem favoráveis. Em suma pelo que me foi explicado, deduzo que as plantas no seu habitat possam ser capazes de tal feito, uma vez que a umidade nas florestas aonde ocorrem o género Nepenthes, é extremamente alto o que facilita a reposição do líquido digestivo que acidentalmente venha a ser perdido.
Em cultivo esta característica praticamente inexiste, pois não temos como recriar um ambiente 100% igual ao da natureza. Sendo assim concluo que devido a esta especificidade a reposição do líquido nos ascídios das Nepenthes em cultivo, seja algo impossível de acontecer.
E então pessoal, batemos o martelo e damos o mito como detonado?
Abs,
Rodrigo F. Costa
Em cultivo esta característica praticamente inexiste, pois não temos como recriar um ambiente 100% igual ao da natureza. Sendo assim concluo que devido a esta especificidade a reposição do líquido nos ascídios das Nepenthes em cultivo, seja algo impossível de acontecer.
E então pessoal, batemos o martelo e damos o mito como detonado?
Abs,
Rodrigo F. Costa
"Acho que a televisão é muito educativa. Todas as vezes que alguém liga o aparelho, vou para a outra sala e leio um livro."
Groucho Marx (1890-1977)
Groucho Marx (1890-1977)
-
- Membro ativo (1)
- Mensagens: 51
- Registrado em: 03 Out 2012, 21:13
- Localização: Vitória - ES
Não sei se ja pode ser detonado. Acho que valeria a observação daqueles que possuem estufas bem equipadas e com os parâmetros controlados.
Será que funciona?
Será que funciona?
"A natureza não é cruel, apenas implacavelmente indiferente." (Richard Dawkins)
- ivan
- Membro ativo (4)
- Mensagens: 585
- Registrado em: 18 Jul 2012, 03:06
- Localização: Ribeirão Preto - SP
- Agradeceu: 19 vezes
- Agradecimentos: 53 vezes
E aí pessoal, também conversei por e-mail com um pesquisador que investiga aspectos ecológicos e evolucionários das Nepenthes.
Por curiosidade, um dos artigos dele é esse (2011): http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1 ... 3696.x/pdf
Resumindo, ele e os colegas mostraram aí que:
outro pesquisador havia identificado e mostrado a eficiência da característica viscoelástica do líquido de N. rafflesiana, propondo que a significância dessa capacidade poderia mudar a classificação e reconhecer que as Nepenthes não possuem armadilhas com captura apenas passiva, indicando também que a produção da substância pegajosa com biopolímeros é um caráter homólogo compartilhado com as Droseras, derivado do ancestral comum desses grupos.
Mas enfim, em relação à produção do líquido o Vincent (autor do primeiro artigo) me disse que testou isso por curiosidade na própria floresta em Borneo. Ele esvaziou os dois tipos de jarros (upper e lower) de uma N. rafflesiana e observou que, se os jarros são esvaziados dentro da primeira semana depois que abriram, ainda podem produzir uma quantidade pequena do líquido, mas que a capacidade viscoelástica não volta a ser a mesma, ou seja, produz um líquido muito menos viscoso. Então, ele acredita que a substância que torna o fluido pegajoso é produzida principalmente durante o crescimento e maturação do jarro e bem menos depois que ele abre.
Sobre a existência de uma pressão seletiva que induziria o mecanismo de reabastecimento do jarro, ele disse que algumas pessoas acreditam que chuvas fortes, capazes de virar os jarros de cabeça pra baixo, poderiam atuar nesse sentido teoricamente de forma marginal (não tanto expressiva).
Eu penso que, como acontece em vários aspectos, sempre existe uma variabilidade e talvez certas espécies podem estar propensas a produzir mais ou menos uma certa quantidade do líquido em condições favoráveis e compensar a perda, dentro desse curto período logo após o jarro abrir, só falta investigar pra ter certeza.
Outros trabalhos interessantes:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2778386/
http://www.plosone.org/article/info%3Ad ... ne.0038951

Por curiosidade, um dos artigos dele é esse (2011): http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1 ... 3696.x/pdf
Resumindo, ele e os colegas mostraram aí que:
- as espécies apresentam estratégias diferentes de captura, basicamente diferindo em relação à superfície escorregadia (com cera) e outro fator descoberto recentemente, na capacidade que o fluido dos jarros tem em reter a presa (viscoelasticidade).
- a quantidade de cera varia muito entre as espécies e tem relação inversa com o grau de viscosidade do líquido, sugerindo a possibilidade de uma troca de investimento para a planta (ou ela gasta energia produzindo cera ou um líquido viscoelástico). A exceção da regra acontece em N. ampullaria e N. ventricosa, que apresentam pouca cera e pouca viscoelasticidade.
- isso está relacionado com o tipo de presa: no geral, as espécies de várzea (lowland) possuem fluidos parecidos com água e maior superfície cerosa, em que as principais presas são formigas; as espécies de montanha (highland) produzem menos cera e investem na produção do líquido viscoelástico, mais eficiente na captura de insetos alados, como as moscas.
- a pressão seletiva que influenciaria nessa diferença de estratégia entre as espécies é o tipo de presa, nesse caso a entomofauna de cada lugar, favorecendo uma das estratégias em detrimento de outra conforme o habitat da planta.
outro pesquisador havia identificado e mostrado a eficiência da característica viscoelástica do líquido de N. rafflesiana, propondo que a significância dessa capacidade poderia mudar a classificação e reconhecer que as Nepenthes não possuem armadilhas com captura apenas passiva, indicando também que a produção da substância pegajosa com biopolímeros é um caráter homólogo compartilhado com as Droseras, derivado do ancestral comum desses grupos.
Mas enfim, em relação à produção do líquido o Vincent (autor do primeiro artigo) me disse que testou isso por curiosidade na própria floresta em Borneo. Ele esvaziou os dois tipos de jarros (upper e lower) de uma N. rafflesiana e observou que, se os jarros são esvaziados dentro da primeira semana depois que abriram, ainda podem produzir uma quantidade pequena do líquido, mas que a capacidade viscoelástica não volta a ser a mesma, ou seja, produz um líquido muito menos viscoso. Então, ele acredita que a substância que torna o fluido pegajoso é produzida principalmente durante o crescimento e maturação do jarro e bem menos depois que ele abre.
Sobre a existência de uma pressão seletiva que induziria o mecanismo de reabastecimento do jarro, ele disse que algumas pessoas acreditam que chuvas fortes, capazes de virar os jarros de cabeça pra baixo, poderiam atuar nesse sentido teoricamente de forma marginal (não tanto expressiva).
Eu penso que, como acontece em vários aspectos, sempre existe uma variabilidade e talvez certas espécies podem estar propensas a produzir mais ou menos uma certa quantidade do líquido em condições favoráveis e compensar a perda, dentro desse curto período logo após o jarro abrir, só falta investigar pra ter certeza.
Outros trabalhos interessantes:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2778386/
http://www.plosone.org/article/info%3Ad ... ne.0038951

-
- Membro ativo (1)
- Mensagens: 33
- Registrado em: 18 Jun 2012, 17:30
- Localização: Taquara/RS
- Agradecimentos: 4 vezes
- Contato:
Nossa depois da Informação do Ivan a respeito da pesquisa de Vicent e dos dados do Rodrigo, acho que o mito foi detonado mesmo!
[ ]'s
Arthur Petry
Arthur Petry
-
- Membro ativo (3)
- Mensagens: 159
- Registrado em: 08 Out 2016, 14:18
- Localização: sao paulo - sp, itaquera
- Agradeceu: 14 vezes
- Agradecimentos: 18 vezes
Se um jarro estiver sem o liQuido, apenas com um pouco d agua, e um inseto cair la e se decompor na agua... A planta retira a energia desse inseto q caio no ascidio q.cotem apenas agua????
-
- Tópicos Semelhantes
- Respostas
- Exibições
- Última mensagem
-
- 5 Respostas
- 2052 Exibições
-
Última mensagem por SantiagoOver
-
- 1 Respostas
- 988 Exibições
-
Última mensagem por Edson Poscai
-
- 3 Respostas
- 1703 Exibições
-
Última mensagem por Jmpjs
-
- 4 Respostas
- 1891 Exibições
-
Última mensagem por Rodrigo Metz
-
- 0 Respostas
- 1019 Exibições
-
Última mensagem por Arthur Vinicius