Concordo Rodrigo, e entendo que o resultado seja de um valor enorme para a comunidade!rdrgobra escreveu:Seria interessante manter estes registros por mais um ou dois anos e comparar para saber até que ponto a dormência parcial ou falta dela influencia na saúde da planta como um todo.
Mantenha-nos informados Fátima, pois daí talvez saia a resposta para esta polêmica questão.
Abs,
Rodrigo F. Costa
Mestre Marciel! Sou um dos tantos que possuem tópicos escritos por você no Favoritos do navegador, para consultas, referências e até mesmo para indicar a outros cultivadores! É uma grande satisfação participar de uma análise dessas com você, Rodrigão, Paulo e outros amigos!MarcielS escreveu:Olá meu amigo Gino.
Saiba que esta admiração e respeito são reciprocos de minha parte.
O contraponto foi excelente, muito bem fundamentado, não deixou brechas para o contraditório.![]()
Restou ao fotoperíodo a função de gatilho para dormência?
Abç
Entendo que seja um conjunto de variáveis, mas, penso que acima de todas elas, há um "relógio" na planta que desperte no inverno, como acontece com as pimentas. Se estiver aqui no DF ou em qualquer lugar, elas sabem que é a hora. Minhas Sarracenias acordaram há poucas semanas, ainda no final do inverno, hoje medi uma Leuco albina que passou de 1,10m. Minha maior Sarracenia até hoje. Lembro-me que no primeiro ano de cultivo a dormência me assustou bastante e pensei que tivesse perdido as Sarracenias. Naquele dia liguei para o Marcos Ono e perguntei para ele:
- Marcos, por favor, consegue me descrever como é uma Sarracenia em dormência?. - Então ele me respondeu:
- Hum, deixe pensar... Ficam como se alguém tivesse passado um lança-chamas nelas!
Nunca pensaria numa descrição mais precisa do que essa que o Marcos Ono deu. Diga-se de passagem, para os amigos mais novos de Fórum que ainda não o conhecem, Marcos é uma referência em Plantas Carnívoras. Um grande amigo e uma pessoa com um coração muito bom, de uma simpatia, educação e cordialidades quase sobre-humanas. Devo há anos uma visita a ele e pretendo pagar essa dívida ainda esse ano!

Mas, voltando à dormência, ao olhar para minhas Sarracenias, em posse da descrição que um mentor mais antigo de cultivo havia me passado, tive uma tranquilidade muito grande, senti segurança. Apesar da aparência deplorável que essas plantas ficam no inverno, confiei que o ciclo estava se desenvolvendo. Depois disso e, até hoje, confesso que não há um ano em que não sinta uma certa "ansiedade" ao vê-las secas, queimadas, sem vida. Todas as vezes que penso em revirar o substrato em busca de uma raiz viva para me tranquilizar, lembro da descrição que o Marcão deu e resisto à vontade de conferir.
Essa história contei para ilustrar a ansiedade e insegurança que atingem a nós, cultivadores, estejamos no estágio de cultivo que estivermos. Penso que todos (em maior ou menor grau) temos medo de que "sem uma interferência humana não vai funcionar". A boa notícia é que, de fato, os sinais do inverno tem se mostrado mais fortes do que o frio e, graças a esse ponto, consigo manter todas elas bem e seguindo seu ciclo de vida, bem diante de meus olhos. Agradeço, sinceramente, por poder contemplar tudo isso, todos os anos!
Abraços e uma ótima semana para todos!

Gino