Sarracenia leucophylla
São vegetais típicos de regiões alagadiças denominadas “pauis”, reestritos ao leste da América do Norte, mais especificamente aos Estados Unidos. Algumas espécies estão hoje ameaçadas de extinção.
São encontradas em pântanos, sobre água corrente, expostas à luz solar o dia todo, já que tais locais não apresentam vegetação densa e alta.
Estrutura
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A planta em si consiste de um rizoma (um caule que cresce na horizontal, subterrâneo ou semi-subterrâneo) e raízes; do rizoma crescem as folhas, as quais são as próprias armadilhas (têm aparência de "jarros"), chamadas de ascídios. O tamanho desses ascidíos ou ânforas pode variar de 15 a 150 cm.
As flores são produzidas individualmente no topo de hastes florais (estas tão ou mais altas que as folhas), são notáveis pela sua estrutura: o pistilo tem a forma de um guarda-chuva (aberto e de cabeça para baixo) e os estames ficam protegidos no interior deste como se fossem pêndulos de um sino. O número de sépalas variam de 3 a 6, contendo geralmente 5 pétalas. Os estames mostram-se agrupados e o ovário apresenta-se multicarpelado e multiovalado.
Possuem fruto seco e raízes fibrosas, bem como sementes numerosas, pequenas e ovaladas.
Armadilha e Digestão
Cada "jarro" contém uma espécie de "tampa" (opérculo), imóvel, que protege o líquido digestivo interno de ser diluído e levado para fora pela ação da chuva. Porém, nem todas apresentam este formato de "tampa", a Sarracenia purpurea a apresenta completamente erguida, permitindo a entrada de água no seu interior, cuja função é o acúmulo hídrico interno voltado ao afogamento da presa, assim como ao auxílio mutualístico de basctérias nitrificantes (favorecidos pela acidez e pobreza do solo).
O inseto é atraído pelo néctar existente nas bordas da ânfora, caindo assim na armadilha sem escapatória devido aos pêlos invertidos existentes. Estes conduzem ao conteúdo enzimático, levando o visitante a morrer afogado e digerido por associação bacteriana (em aproximadamente 48 horas).
A escalada para cima torna-se impossível devido à estes pêlos (são todos apontados para baixo). O vôo é impraticável devido ao apertado tamanho disponível; em alguns casos, entretanto, é possível, mas certas espécies possuem fenestragens(janelas) na "tampa" (áreas sem pigmentação, brancas, mas que vistas de baixo para cima, em direção ao sol, na visão da presa, parecem janelas) que enganam as presas, elas batem na "tampa" e caem de volta para dentro.
Cultivo
Estas plantas são de cultivo fácil, adaptaram-se bastante bem ao clima brasileiro. Os híbridos (muitos) são de cultivo ainda mais fácil.
Forneça luz solar direta, o dia inteiro (menos luz fará com que as folhas fiquem fracas, pendentes, e esticadas). Mantenha um prato cheio de água embaixo do vaso todos os dias, exceto no inverno (quando é necessário que o prato fique seco por alguns dias antes de ser enchido novamente).
Temperaturas baixas também não representam problema, sendo elas capazes de suportar até mesmo geadas.
Curiosidade
Estas plantas necissitam que a temperatura do substrato seja menor que 38°, em dias mais quentes convêm o maior número de regas a fim de refrescar as raízes. A planta pode ser cultivada em lagos ou fonte, sendo que a água deve ficar até a metade da altura do substrato.
Dormência
Assim como as Dioneaes, apresentam letargia no inverno e em florescimento na primavera.
No inverno, as folhas poderão secar e morrer (não tente protegê-las de temperaturas baixas, já que a dormência é necessária), neste caso, arranque as folhas mortas quando a primavera chegar (a planta crescerá novamente até o tamanho anterior). Algumas espécies formam folhas especiais no inverno (chamadas de filódia).
Propagação
A propagação pode ser realizada por divisão do rizoma ou por sementes (as flores nascem sobre hastes próprias, na primavera ou verão).
As sementes apresentão uma casca hidrofóbicae bastante resistente, o que exige estratificação para maior sucesso na germinação.
Pragas
Pragas que mais comumente atacam espécimes deste gênero são as cochonilhas (formam grupos de diminutas manchas nas folhas) e os ácaros (causam deformações nas folhas novas, geralmente elas ficam retorcidas para baixo). Estes últimos, invisíveis à olho nu, são de difícil combate, graças à sua persistência. Recomenda-se arrancar todas as folhas infectadas (mesmo que não sobre nenhuma) e aplicar inseticidas fortes, como os de fórmula Malathion.
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Fonte:
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