Pó de côco no substrato

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Graco
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Mensagem por Graco »

Fabrício, essas informações e observações que você fez em relação ao solo encharcado ser ruim, se referem somente a Nepenthes ou com Drosera isso também tem se mostrado verdadeiro?


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MarcielS
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Mensagem por MarcielS »

Acredito que o uso da fibra de coco para o cultivo de pcs aqui no Brasil, mereça mais testes por parte dos cultivadores (nós) para chegarmos a uma conclusão mais significativa.

Eu tenho nepenthes em substrato com fibra de coco + sphagnum já a mais de ano, e estas tem se mostrado saudáveis até o momento. Uma mistura somente com o pó do coco + areia lavada se mostrou muito boa para pings e algumas utrics.

Para propagação de neps via leaf-cutting, obtive uma ótima taxa de sucesso usando somente sphagnum e uma baixíssima taxa usando apenas a fibra, é necessário que o meio retenha bastante umidade.

Ah, mesmo o fabricante afirmando que o produto já é livre de tanino, deixo a fibra de molho em agua por pelo menos um mês, trocando a agua a cada dois ou tres dias. Acredito que após esse procedimento até os niveis de salinidade devem baixar, oferecendo menor risco a planta.

8-)


fabricio de oliveira
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Mensagem por fabricio de oliveira »

Graco,

Somente pra nepenthes e algumas pinguiculas. Droseras gostam e muitas até só vivem em condições de muita umidade ate mesmo com solo encharcados.

Marciels,

Eu estou fazendo a minha parte! rsrsrs

Sobre o teste , você usou a fibra pura para estaquias? Acho que tem pra plantas adultas seria bom. A fibra pura perde umidade facil. Mas quando ela esta em chips ou em substrato fibroso (fibra mais o pó de coco) ou misturado ao sphgnum, eu tive melhores resultados que puro. Eu sempre misturei fibra, isopor, casca de pinus e carvão, sempre obtive resultados melhores que como musgo puro ou com areia que compactava rapido e se desfazia, virando uma lama e acumulando muita água apodrecendo as estacas.

No meu caso, como moro fora, tenho um irrigador pra deixar o ambiente bem úmido, então estou preferindo testar para usar substratos que drenam mais, mas mantem umidade.

Mas acho que é uma boa alternativa , pois o sphagnum é caro, não se acha fácil em alguns locais do Brasil, além de ser produto de coleta, creio que nao seja renovavel. E o substrato de coco é sustentavel e renovável, e o coco na verdade é um problema para empresas, pois o coco é lixo industrial. Usando e testando ate acharmos um bom substrato ou pelo menos ajudando na mistura com sphagnum, ajudaria a diminuir custos e diminuiria a demanda e coleta de sphagnum.


abraçõs


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MarcielS
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Mensagem por MarcielS »

fabricio de oliveira escreveu: ...você usou a fibra pura para estaquias? Acho que tem pra plantas adultas seria bom. A fibra pura perde umidade facil. Mas quando ela esta em chips ou em substrato fibroso (fibra mais o pó de coco) ou misturado ao sphgnum, eu tive melhores resultados que puro. Eu sempre misturei fibra, isopor, casca de pinus e carvão, sempre obtive resultados melhores que como musgo puro ou com areia que compactava rapido e se desfazia, virando uma lama e acumulando muita água apodrecendo as estacas.

... acho que é uma boa alternativa, pois o sphagnum é caro, não se acha fácil em alguns locais do Brasil, além de ser produto de coleta, creio que nao seja renovavel. E o substrato de coco é sustentavel e renovável, e o coco na verdade é um problema para empresas, pois o coco é lixo industrial. Usando e testando ate acharmos um bom substrato ou pelo menos ajudando na mistura com sphagnum, ajudaria a diminuir custos e diminuiria a demanda e coleta de sphagnum...
Sim, apenas fibra em um grupo de estacas, para efeito de comprovação do teste. Nenhuma vingou. O outro grupo, com sphagnum, vingaram todas.

Concordo Fabrício, como já disse, devemos trabalhar para chegar a uma opção de substrato saudável para as pcs (todos os gêneros). : joia :


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ivan
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Mensagem por ivan »

Já germinei sementes de Byblis liniflora há um tempo atrás, usando pó de coco puro. Na época não atentei ao fato dos taninos e sais presentes, mas percebi que esse substrato atraiu uma grande quantidade de moscas pequenas, parecidas com as mosca da fruta. Provavelmente devido à decomposição.

O fato é que naquela tentativa as sementes de Byblis germinaram em uma taxa alta e continuaram seu desenvolvimento conforme o esperado, inclusive florindo e produzindo sementes. Vou procurar as fotos nos meus arquivos e posto-as aqui.

Tenho uma sugestão para ser testada. Se trata das plantas aquáticas conhecidas como Elódeas, crescem muito rápido e em alguns casos, quem cria peixes em tanques precisa retirar grandes quantidades dessa planta, que toma conta do aquário ou tanque.
Vejam nesses links:
(http://ctap.inhs.uiuc.edu/newinvaders/t ... ngton2.jpg)
(http://fichas.infojardin.com/foto-acuat ... nsis-2.jpg)

A ideia seria utilizá-la depois de seca.
Por ser uma planta de água doce, provavelmente não teria tanto problema com sais minerais em excesso.
Alguém já viu algo parecido?
Acham que daria certo?

Abraço


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Mensagem por ivan »

Algumas imagens das Byblis crescendo no pó de coco:

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Mensagem por MarcielS »

A grosso modo, sementes em geral germinam em qualquer substrato, seja sphagno, pó de coco ou outro. Porém algumas espécies que possuem raízes muito delicadas não vão desenvolver o sistema radicular se o nível de tanino for alto, morrendo pouco tempo depois. Higienizar o pó de coco é difícil, mas alguns fabricantes garantem que seus produtos são higienizados e livres de tanino.

Estranho você mencionar uma possivel decomposição do pó de coco, pois é um produto que é considerado de longa durabilidade. Os mesmos fabricantes prometem até cinco anos de uso antes de decompor.

Pelo seu relato, parece que a Byblis é uma espécie que suporta bem essa mídia alternativa. Aqui, por experiência, descobri que a utriculária arenaria e a P.x sethos não tem problemas com o mix, póde coco e areia.

A minha dúvida quanto ao uso de Elódeas como substrato é, o tempo que levará para entrar em decomposição. É ótimo saber da sua disposição em testar essa idéia. Pode dar certo. 8-)

Lembrando que o sphagno quando em decomposição não apodrece, não vira nutriente, não tem odor ruim e continua acidificando o meio.

Abç.


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Mensagem por tuhmds »

muito bom o artigo, acho que irei fazer meu substrato apenas com areia ( do rio piracicaba ) e esfagno, tá bom?


Devagar e sempre.
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Mensagem por Felipe_Steinthaler »

MarcielS escreveu:Estranho você mencionar uma possivel decomposição do pó de coco, pois é um produto que é considerado de longa durabilidade. Os mesmos fabricantes prometem até cinco anos de uso antes de decompor.
Bom saber disso Marciel, pra min que o Pó de coco de 1 a 2 anos ja estava decomposto e pronto para ser trocado o substrato, acho que neste momento serviria bém aquele método de recliclagem de substrato do Daniel e depois ferve-lo antes de reultiliza-lo. Se durar ate 5 anos, ai o negocio fica bonito :mrgreen:
tuhmds escreveu:muito bom o artigo, acho que irei fazer meu substrato apenas com areia ( do rio piracicaba ) e esfagno, tá bom?
Ótimo para a maioria das drosera, pinguicula, utricularia, sarracenia e outras mas para nepenthes é melhor não exagerar na quantidade de areia na mistura : joia :


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ivan
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Mensagem por ivan »

Oi Marciel, então não deve ter sido decomposição. Mas as moscas foram atraídas por algum cheiro liberado enquanto o pó de coco esteve encharcado.
Isso foi evidente porque elas se concentraram no substrato e eventualmente ficaram presas na planta.
Eu imaginei que a própria decomposição seria responsável por diminuir o pH e também liberar algum cheiro que, geralmente, é o que atrai as moscas.
Drosófilas, por exemplo, são atraídas por frutas em fermentação pra se alimentar e reproduzir. Mas não sei se foi isso, neste caso.

Uma dúvida:
Sãos essas substâncias (sais e taninos) responsáveis pela durabilidade prolongada, ou os produtos lavados/higienizados também duram todo esse tempo?


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